segunda-feira, 2 de julho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
MADRID RENDEU-SE AO FADO, À SIMPLY B E À GASTRONOMIA PORTUGUESA
O balanço da organização do Festival do Fado de Madrid 2012
não podia ser mais positivo, até porque este ano, era o ano da consolidação do
Festival e isso foi alcançado.
“Conseguimos consolidar os concertos e o género musical.
Agora é óbvio que fazer com que um povo aceite o povo vizinho em todas as suas
vertentes, para além da música não é tarefa fácil e é um trabalho que deve
seguir nos próximos anos”, justifica Edgar Fonseca, um dos responsáveis do
Festival e um dos grandes percursores da mostra gastronómica portuguesa, lado a
lado com a Simply b-experiências, eventos e comunicação.
Consolidado o género musical, acrescenta, “abrem-se uma
série de oportunidades a todas as outras áreas, seja a gastronomia, seja o
cinema. A partir de agora podemos desenvolver uma série de aplicações
específicas para o fado e para a cultura portuguesa”.
Edgar Fonseca que para além de promotor deste festival é um
dos empresários portugueses de maior sucesso em Madrid, entende que o Fado deve
ser encarado pelos espanhóis como sendo mais um género musical internacional.
“É mais um.” Mas sendo o fado um género musical intimista, que toca as pessoas,
acaba por haver uma aproximação a alguns géneros bem conhecidos do público
espanhol. “A viola, a cor negra, a melancolia, a forma de estar e de ser do
artista, penso que é de alguma forma similar e será para eles mais fácil de
entender”.
No que concerne à gastronomia, “a nossa é tão boa que
conquista qualquer um”, defende o responsável. “É uma gastronomia de elevada
qualidade, feita com produtos mais frescos e trabalhados da forma mais
original, através dos conhecimentos das escolas e dos respetivos Chefs que
foram convidados a apresentar as tradicionais ementas das tasquinhas de fado
portuguesas com um toque mais cuidado e mais contemporâneo”.
Se no ano passado a gastronomia esteve a cargo de um único
Chef, para este ano a organização abriu as portas a quatro escolas de hotelaria
nacionais. A ideia partiu da Simply b - experiências, eventos e comunicação
que, como co-organizadora da mostra gastronómica do Festival do Fado de Madrid,
entendeu ser uma excelente oportunidade para as quatro escolas de hotelaria do
interior do país mostrarem os seus talentos e a sua garra.
Fundão, Manteigas, Seia e Idanha-a-Nova foram as localidades
escolhidas para participar neste mega-evento e Edgar Fonseca considera que a
ideia correu muito bem porque “as escolas souberam integrar-se no evento e
fazer o seu trabalho de uma forma super-profissional. Estamos ao mais alto
nível no que toca à gastronomia e embora sejamos um país geograficamente
pequeno, temos das melhores ofertas gastronómicas do mundo! Podemos até dizer
que é um país para ser degustado de norte a sul”.
Também o Chef dos Teatros del Canal, Rúben Martin-Blas
Cifuentes, elogiou a gastronomia portuguesa. Já na edição do ano passado tinha
acompanhado o Chef português, no entanto, confessa que a 2.ª edição foi
bastante mais rica em termos gastronómicos: "enquanto profissional
aproveitei para aprender muitas coisas novas" afirma Rúben Cifuentes que
confessa ter ficado algo assustado quando foi informado da verdadeira 'invasão'
a que a sua cozinha iria ser sujeita. Na verdade esperava até que se instalasse
algum caos mas "correu bem melhor do que o que estava à espera".
Depois ter degustado a ementa dos quatros Chefs, o líder da cozinha dos Teatro
Del Canal nem se atreve a escolher um em particular. “Gostei de todos eles,
cada um com as suas características e especificidades", sublinha.
O Festival do Fado de Madrid contou com o apoio de inúmeras organizações
destacando-se a esse nível o Turismo de Portugal. No último dia do evento, o
diretor deste organismo em Madrid, Miguel Perestrelo, passou pelos Teatros del
Canal e aproveitou para matar saudades da gastronomia nacional. No final, não
poupou elogios à qualidade da ementa e do próprio serviço. “Tudo o que seja
trazer a qualidade de serviço de Portugal é positivo. A gastronomia é, de
facto, um bom argumento de promoção turística” confessou Miguel Perestrelo que
adiantou ainda que quaisquer iniciativas que destaquem a cultura portuguesa são
sempre de apoiar: “Trazer um pouco de Portugal e da sua cultura até ao
potencial turista espanhol é sempre uma boa razão para apoiar estas iniciativas
porque aproximam o povo espanhol da verdadeira essência de Portugal” e que
neste Festival do Fado de Madrid ficou magistralmente entregue a quatro dos
melhores Chefs de Portugal: João Paulo Carvalho da Escola de Turismo do Fundão,
Diogo Rocha da Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Seia, Ana Catarina
Mendes da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas e Valdir Dubek Lubave
da Escola Superior de Gestão de
Idanha-a-Nova (curso de Gestão Hoteleira).
quarta-feira, 27 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
FESTIVAL DO FADO ENCERRA COM CHAVE DE OURO
A 2.ª edição do Festival do Fado de Madrid encerrou com chave de ouro. Por um lado, com o concerto de Mariza, esgotado há várias semanas, por outro, porque o último chef a ocupar a cozinha dos Teatros del Canal, Valdir Dubek, recebeu há cerca de duas semanas, um garfo de ouro.
O executive chef da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova – Gestão Hoteleira preparou uma ementa de montanha. Uma ementa que à partida parecia demasiado arrojada mas que, garante Valdir Dubek, apenas recorre aos produtos da terra.
Começamos com um cappuccino de cogumelos com espuma de ervas aromáticas. Uma entrada praticamente obrigatória nas suas ementas. “É já uma exigência do cliente”, sublinha
Seguiram-se tibórnias de bacalhau. É que o bacalhau também “é um obrigatório” quando se fala de gastronomia portuguesa para os espanhóis. No entanto, servido em tibórnia reflecte um regresso às suas raízes. “É um clássico da cozinha portuguesa, sempre acompanhado com muitos verdes para brincar um pouco com o quente e o fresco das saladas e das ervas”, explica o chef.
O prato de carne foi Guisado de Cabrito servido em Pão D’água e couve lombarda. Adepto do conceito slow food Valdir Dubek diz que o segredo está na forma como tudo se prepara e no respeito pelos
tempos de preparar e cozedura. Por isso, a carne foi preparada no dia anterior e ficou a marinar “para absorver todos os aromas”.
Para a sobremesa, o chef preparou uma compota de cerejas em gelado de queijo de Idanha-a-Nova.
Toda a ementa foi pensada e preparada para proporcionar uma mistura de texturas e sabores, “uma verdadeira viagem às origens”. É que de acordo com Valdir Dubek a cozinha e a forma de cozinhar tem sido, cada vez mais, um regresso às origens, “à comida que lembra a casa da mãe e a casa da avó”.
A expectativa para o concerto de Mariza neste 2.º Festival do Fado de Madrid era elevada, uma vez que o espectáculo já estava esgotado há semanas. E Mariza cumpriu. Durante mais de uma hora cantou, dançou e mostrou o que efectivamente é o fado. Envolveu toda a plateia que não poupou nos aplausos à fadista portuguesa.
A 2.ª edição do Festival do Fado de Madrid terminou com um Cocktail, organizado pelo Turismo de Portugal, que juntou cerca de 120 pessoas e que foi servido pelos cerca de 20 alunos da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova – Gestão Hoteleira, que acompanharam o chef Valdir Dubek, nesta mostra da gastronomia portuguesa.
domingo, 24 de junho de 2012
COZINHA DE FUSÃO MARCA TERCEIRO DIA DO FESTIVAL DO FADO EM MADRID
Em dia de jogo da selecção nacional espanhola, com direito a vitória, Portugal, o fado e a gastronomia portuguesa continuaram a marcar pontos, em Madrid, no Festival do Fado, que termina este domingo, nos Teatros Del Canal. A ementa esteve a cargo da chef Ana Mendes da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas.
Adepta da cozinha de fusão, Ana Mendes começou com um caldo verde, iguaria típica das casas de fado. A jovem de 28 anos manteve os ingredientes base – batata e couve, no entanto, deu-lhe um toque diferente recorrendo à cozinha de fusão. O bacalhau voltou a ser o eleito para prato de peixe. Bacalhau confitado com crosta de broa e azeitona em puré de legumes. Como prato de carne, a chef escolheu lombinho de porco preto glaceado com alecrim e malagueta, sobre puré de feijoca estufada à serrana. À sobremesa serviu panacotta de requeijão e pastel de feijoca, acompanhado de licor de poejos. Apesar da inovação nos pratos, Ana Mendes garante que “os sabores e os produtos tradicionais estão na confecção dos pratos”, até porque todos foram experimentados já por si e pela equipa de alunos que trouxe consigo. Veio acompanhada com 14 alunos mais os chefes de sala, Bruno Gonçalves e Paulo Carvalho.
De acordo com a chef, os alunos foram os parceiros fundamentais para executar este desafio que foi lançado pela organização do festival. “É um desafio muito grande e eles ganharam motivação. Quando lhes contei começaram de imediato o trabalho de pesquisa”, conta. E o resultado foi positivo, a julgar pelos elogios que foram chegando à cozinha durante o almoço.
“O canto do Fado, um canto imperial e operário”, foi o tema de uma conferência que decorreu este sábado ao final da tarde, tendo como orador Paulo Lima. Num encontro muito informal e com uma grande proximidade com o público, o investigador abordou as origens da canção portuguesa defendo, por exemplo, que o fado é “profundamente herdeiro do movimento operário”. “Os cantos de improviso eram uma forma de falar de temas sociais, daí encaixar-se no canto operário”, justificou.
Num estilo completamente diferente do de Ana Moura, Ricardo Ribeiro também encantou os espanhóis no espectáculo da 3.ª noite do festival. O fadista interagiu muito com o público e provou, mais uma vez, que o fado chegou a Madrid para ficar.
O festival encerra hoje com um concerto de Mariza, que já está esgotado há largas semanas.
Adepta da cozinha de fusão, Ana Mendes começou com um caldo verde, iguaria típica das casas de fado. A jovem de 28 anos manteve os ingredientes base – batata e couve, no entanto, deu-lhe um toque diferente recorrendo à cozinha de fusão. O bacalhau voltou a ser o eleito para prato de peixe. Bacalhau confitado com crosta de broa e azeitona em puré de legumes. Como prato de carne, a chef escolheu lombinho de porco preto glaceado com alecrim e malagueta, sobre puré de feijoca estufada à serrana. À sobremesa serviu panacotta de requeijão e pastel de feijoca, acompanhado de licor de poejos. Apesar da inovação nos pratos, Ana Mendes garante que “os sabores e os produtos tradicionais estão na confecção dos pratos”, até porque todos foram experimentados já por si e pela equipa de alunos que trouxe consigo. Veio acompanhada com 14 alunos mais os chefes de sala, Bruno Gonçalves e Paulo Carvalho.
De acordo com a chef, os alunos foram os parceiros fundamentais para executar este desafio que foi lançado pela organização do festival. “É um desafio muito grande e eles ganharam motivação. Quando lhes contei começaram de imediato o trabalho de pesquisa”, conta. E o resultado foi positivo, a julgar pelos elogios que foram chegando à cozinha durante o almoço.
“O canto do Fado, um canto imperial e operário”, foi o tema de uma conferência que decorreu este sábado ao final da tarde, tendo como orador Paulo Lima. Num encontro muito informal e com uma grande proximidade com o público, o investigador abordou as origens da canção portuguesa defendo, por exemplo, que o fado é “profundamente herdeiro do movimento operário”. “Os cantos de improviso eram uma forma de falar de temas sociais, daí encaixar-se no canto operário”, justificou.
Num estilo completamente diferente do de Ana Moura, Ricardo Ribeiro também encantou os espanhóis no espectáculo da 3.ª noite do festival. O fadista interagiu muito com o público e provou, mais uma vez, que o fado chegou a Madrid para ficar.
O festival encerra hoje com um concerto de Mariza, que já está esgotado há largas semanas.
sábado, 23 de junho de 2012
Festival do Fado em Madrid 2012 - Dia 2
Foi nos fadistas e sobretudo no fado de Lisboa que a Escola Superior de
Turismo e Hotelaria de Seia foi buscar a inspiração para a ementa do 2.º
dia do Festival do Fado que decorre nos Teatros Del Canal, em Madrid. O
trabalho de pesquisa foi elaborado pelos dois chefs da escola – Diogo
Rocha e João Ramalho. No final, sobressaíram quatro fadistas
representativos de quatro gerações diferentes e com características muito
próprias.
Começamos com Mariza, que é como quem diz com uma entrada que
reúne os sabores das suas origens. É a “Diva do mundo e do fado
contemporâneo” e por isso, decidiram fazer uma mistura dos aromas e
sabores exóticos de além-mar, explicam os dois chefs. O resultado foi uma
chamuça de enchidos tradicionais, ananás dos Açores, creme de côco e
emulsão de salsa.
reúne os sabores das suas origens. É a “Diva do mundo e do fado
contemporâneo” e por isso, decidiram fazer uma mistura dos aromas e
sabores exóticos de além-mar, explicam os dois chefs. O resultado foi uma
chamuça de enchidos tradicionais, ananás dos Açores, creme de côco e
emulsão de salsa.
Para prato de peixe escolheram o rei – o bacalhau e baptizaram o prato
com o nome de Amália Rodrigues, “o expoente máximo do fado, sabor e
saber fiel do fado”, sublinha Diogo Rocha. O lombo de bacalhau confitado
foi acompanhado de creme de espargos, tomate seco e coentros.
com o nome de Amália Rodrigues, “o expoente máximo do fado, sabor e
saber fiel do fado”, sublinha Diogo Rocha. O lombo de bacalhau confitado
foi acompanhado de creme de espargos, tomate seco e coentros.
Para o prato de carne escolheram uma terrina de porco bísaro, migas
soltas e alecrim, a que deram o nome de Fernando Maurício. O objectivo
foi “transmitir os paladares da taberna portuguesa”.
soltas e alecrim, a que deram o nome de Fernando Maurício. O objectivo
foi “transmitir os paladares da taberna portuguesa”.
Para a sobremesa, a escolha recaiu no queijo da Serra com o qual fizeram
um pudim, a que deram o nome de Ana Moura, jovem talento do fado
português, “uma simbiose perfeita dos sabores“.
um pudim, a que deram o nome de Ana Moura, jovem talento do fado
português, “uma simbiose perfeita dos sabores“.
A Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia aceitou prontamente o
desafio lançado para participar na componente gastronómica do festival
porque “nunca dizemos que não a um desafio”, até porque entendem que
todos têm a obrigação de fazer mais pela gastronomia portuguesa. “Não
somos jogadores da selecção, somos um bocadinho mais”, afirma João
Ramalho.
desafio lançado para participar na componente gastronómica do festival
porque “nunca dizemos que não a um desafio”, até porque entendem que
todos têm a obrigação de fazer mais pela gastronomia portuguesa. “Não
somos jogadores da selecção, somos um bocadinho mais”, afirma João
Ramalho.
Os dois chefs trouxeram consigo 18 alunos, o professor do curso de
restaurante e bar, Nélson Soares e o subdirector da escola. De acordo com
António Melo faz parte da política do estabelecimento de ensino a
participação em eventos internacionais, desde logo em feiras de turismo
europeias. Para além disso, possuem também parcerias internacionais de
ensino superior, entre as quais a República Checa, Turquia e Lituânia.
restaurante e bar, Nélson Soares e o subdirector da escola. De acordo com
António Melo faz parte da política do estabelecimento de ensino a
participação em eventos internacionais, desde logo em feiras de turismo
europeias. Para além disso, possuem também parcerias internacionais de
ensino superior, entre as quais a República Checa, Turquia e Lituânia.
De fado, falou-se também ao final da tarde. Durante cerca de uma hora,
José Pracana comentou o fado. O orador recordou alguns dos nomes mais
sonantes da canção portuguesa – fadistas, guitarristas e poetas e recordou
“autênticas maravilhas” da poesia popular rica em jogos de palavras. Na
sala 5 dos Teatros del Canal falou-se, cantou-se e aplaudiu-se o fado.
José Pracana comentou o fado. O orador recordou alguns dos nomes mais
sonantes da canção portuguesa – fadistas, guitarristas e poetas e recordou
“autênticas maravilhas” da poesia popular rica em jogos de palavras. Na
sala 5 dos Teatros del Canal falou-se, cantou-se e aplaudiu-se o fado.
Pela primeira vez a actuar na capital espanhola, Ana Moura teve direito a
lotação esgotada. Destacou-se pela simpatia e pela simplicidade com que
encarou o palco e pela interacção constante com o público. E se dúvidas
existissem quanto às suas qualidades vocais, quando cantou sem
microfone, tal como acontece nas autênticas casas de fado, o público ficou
completamente rendido. A jovem promessa do fado encantou de tal
forma os espanhóis, já rendidos a nomes como Mariza e mais
recentemente Carminho, que não hesitaram em aplaudir de pé, no final
do concerto.
lotação esgotada. Destacou-se pela simpatia e pela simplicidade com que
encarou o palco e pela interacção constante com o público. E se dúvidas
existissem quanto às suas qualidades vocais, quando cantou sem
microfone, tal como acontece nas autênticas casas de fado, o público ficou
completamente rendido. A jovem promessa do fado encantou de tal
forma os espanhóis, já rendidos a nomes como Mariza e mais
recentemente Carminho, que não hesitaram em aplaudir de pé, no final
do concerto.
O festival do fado entrou hoje no seu terceiro dia. Ao palco sobe, mais
logo, Ricardo Ribeiro. Durante o dia há festival de gastronomia, sob a
responsabilidade da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas.
logo, Ricardo Ribeiro. Durante o dia há festival de gastronomia, sob a
responsabilidade da Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
CONQUISTAR MADRID PELA GASTRONOMIA
Se o fado já tinha agradado a Madrid, este ano, o objectivo é “conquistar os espanhóis pelo estômago”. Quem o diz é Frederico Carmo, um dos parceiros e organizadores da 2.ª edição do Festival do Fado, que decorre até domingo, nos Teatros del Canal, na Capital espanhola.
Meses depois de o Fado ter sido reconhecido como Património Imaterial da Humanidade a organização do festival sente uma responsabilidade acrescida porque “é preciso manter o fado vivo”, sublinha o responsável. Esta quinta-feira, dia do arranque do evento, a expectativa era elevada, tendo em conta o sucesso alcançado na primeira edição. “Começamos com três dias e este ano já alargamos para os quatro dias de espectáculos”
Ao longo dos quatro dias em que se realiza o Festival do Fado de Madrid – de 21 a 24 de Junho – os Teatros del Canal vão ainda ser palco para um outro mega-evento, mas desta feita dotado de outras essências portuguesas: o Festival Gastronómico do Festival do Fado de Madrid, que conta com a colaboração de quatro escolas de hotelaria portuguesas.
Na elaboração da ementa pesaram dois factores: Em primeiro lugar, não podia faltar a cereja, emblemática da região. Depois, “também não podia esquecer o fado e os sabores que a ele podem estar associados”, justifica. João Paulo Carvalho chegou a Madrid acompanhado pelo Chef Ricardo Ramos e 17 alunos que tomaram conta da cozinha e da sala de jantar da cafeteria dos Teatros del Canal, aproveitando “a boa oportunidade para mostrar a escola num contexto diferente”. Para os alunos, “é um prémio de encerramento do ano lectivo”.
O chef está na escola desde a sua fundação, há 10 anos. Há dois anos, inspirado no fruto que usou na cozinha decidiu criar uma sobremesa com cereja. “Achava estranho que no Fundão, Capital da Cereja, não existisse nada para a promover”. Depois de várias experiências, eis que surgiu o Pastel de Cereja do Fundão, algo semelhante ao pastel de nata.
À noite, chegou a hora do primeiro concerto com a recriação de uma Casa de Fados tipicamente lisboeta. Em palco estiveram quatro fadistas – Rodrigo Costa Félix, António Vasco Moraes, Lina Rodrigues e Carmo Moniz Pereira, acompanhados na guitarra portuguesa por Marta Pereira da Costa, na viola fado por Pedro Pinhal e no contrabaixo por Rodrigo Serrão. Actuaram para uma plateia que no final não se alcançou de elogiar o desempenho dos fadistas. Para alguns espanhóis foi o descobrir novas formas de cantar, para alguns portugueses foi escutar em Madrid um estilo “muito nosso”.
E como de gastronomia e sabores também se faz o festival, a noite terminou com a oferta de cerejas a quem assistiu ao espectáculo. A iniciativa ficou a cargo da organização do festival, da qual faz parte a Simply b – experiências, eventos e comunicação, uma empresa com alma beirã.
Meses depois de o Fado ter sido reconhecido como Património Imaterial da Humanidade a organização do festival sente uma responsabilidade acrescida porque “é preciso manter o fado vivo”, sublinha o responsável. Esta quinta-feira, dia do arranque do evento, a expectativa era elevada, tendo em conta o sucesso alcançado na primeira edição. “Começamos com três dias e este ano já alargamos para os quatro dias de espectáculos”
Ao longo dos quatro dias em que se realiza o Festival do Fado de Madrid – de 21 a 24 de Junho – os Teatros del Canal vão ainda ser palco para um outro mega-evento, mas desta feita dotado de outras essências portuguesas: o Festival Gastronómico do Festival do Fado de Madrid, que conta com a colaboração de quatro escolas de hotelaria portuguesas.
A primeira a entrar na cozinha foi a Escola de Hotelaria do Fundão. Para a ementa o Chef João Paulo Carvalho escolheu Gaspacho de Cereja, seguido de Polvo Grelhado com migas de couve e grão; Lombinhos de Porco com ameijoas à Bolhão Pato. Para a sobremesa apostou numa degustação de sabores da Beira Baixa.
Na elaboração da ementa pesaram dois factores: Em primeiro lugar, não podia faltar a cereja, emblemática da região. Depois, “também não podia esquecer o fado e os sabores que a ele podem estar associados”, justifica. João Paulo Carvalho chegou a Madrid acompanhado pelo Chef Ricardo Ramos e 17 alunos que tomaram conta da cozinha e da sala de jantar da cafeteria dos Teatros del Canal, aproveitando “a boa oportunidade para mostrar a escola num contexto diferente”. Para os alunos, “é um prémio de encerramento do ano lectivo”.
O chef está na escola desde a sua fundação, há 10 anos. Há dois anos, inspirado no fruto que usou na cozinha decidiu criar uma sobremesa com cereja. “Achava estranho que no Fundão, Capital da Cereja, não existisse nada para a promover”. Depois de várias experiências, eis que surgiu o Pastel de Cereja do Fundão, algo semelhante ao pastel de nata.
À noite, chegou a hora do primeiro concerto com a recriação de uma Casa de Fados tipicamente lisboeta. Em palco estiveram quatro fadistas – Rodrigo Costa Félix, António Vasco Moraes, Lina Rodrigues e Carmo Moniz Pereira, acompanhados na guitarra portuguesa por Marta Pereira da Costa, na viola fado por Pedro Pinhal e no contrabaixo por Rodrigo Serrão. Actuaram para uma plateia que no final não se alcançou de elogiar o desempenho dos fadistas. Para alguns espanhóis foi o descobrir novas formas de cantar, para alguns portugueses foi escutar em Madrid um estilo “muito nosso”.
E como de gastronomia e sabores também se faz o festival, a noite terminou com a oferta de cerejas a quem assistiu ao espectáculo. A iniciativa ficou a cargo da organização do festival, da qual faz parte a Simply b – experiências, eventos e comunicação, uma empresa com alma beirã.
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